GOVERNO DE SERGIPE
SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, SUSTENTABILIDADE E AÇÕES CLIMÁTICAS - SEMAC
SITUAÇÃO SOBRE OS RECURSOS HÍDRICOS DE SERGIPE
A Situação Atual - 2022
Recursos Hídricos Superficiais - Qualidade / BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO JAPARATUBA - BHJP
De acordo com a Tabela 1, a análise de frequência das amostras coletadas nas estações monitoradas na BHJP evidenciou Índice de Qualidade de Água - IQA nas condições Boa e Regular. Na categoria Boa destacam-se as UPs Alto Japaratuba e Baixo Japaratuba com 100% das amostras. Nenhuma estação da BHJP foi classificada com Ruim ou Péssima.
Nas UPs Siriri e Japaratuba Mirim, 66,67% das amostras estão na condição Boa e 33,33% como Regular. Os valores observados do IQA médio nas estações F48 e Rosário do Catete – ANA contribuíram significativamente para que apenas 18,75% das amostras coletadas na BHJP fossem classificadas como Regular (Figura 1).
Tabela 1 - Distribuição percentual do IQA por UP da bacia hidrográfica do rio Japaratuba. Fonte:SEDURBS (2022).
Figura 1 - IQA médio por Unidade de Planejamento da BHJP. Fonte:SEDURBS (2022).
A Figura 2 apresenta os resultados das análises relativas aos valores médios do Índice de Estado Trófico - IET em 2022 na BHJP. Constatou-se pela média anual, que 54,55% das estações apresentaram condição Ultraoligotrófica e nenhuma se encontrava em situação de eutrofização.
Das três amostras coletadas na estação F48, duas foram classificadas no estado Mesotrófico e apenas uma no Oligotrófico, ocorrendo o inverso para a estação Fazenda Cajueiro – ANA, que apresentou em uma das amostras, um IET de 59, contribuindo para que o IET médio fosse de 53, valor próximo à condição Oligotrófica (Tabela 2).
Figura 2 - IET médio por Unidade de Planejamento da BHJP. Fonte:SEDURBS (2022).
Tabela 2 - Distribuição percentual do IET por UP da bacia hidrográfica do rio Japaratuba. Fonte:SEDURBS (2022).
Observa-se na Figura 3, que dos parâmetros analisados que são contemplados na Resolução CONAMA n.º 357/2005, doze apresentaram resultados em desconformidade, sendo que as maiores frequências de resultados desconformes ocorreram para os parâmetros DBO5,20, Fósforo total, Resíduos Sólidos Objetáveis e Coliformes Termotolerantes.
Os resultados indicam a necessidade de implementação de melhorias nos sistemas de tratamentos de efluentes industriais e domésticos, além de ações para gestão de uso e ocupação do solo na BHJP.
Figura 3 - Frequência de ocorrência de parâmetros fora dos limites estabelecidos na Resolução Conama n.º 357/2005. Fonte:SEDURBS (2022).
De acordo com a Figura 4, os resultados da Classificação de Águas para Irrigação na BHJP, considerando-se os valores médios, apresentaram predominância das condições C1S1 e C2S1, com 27,27% e 45,45%, respectivamente, as quais são águas consideradas boas para a prática da irrigação. Destaca-se a UP Japaratuba Mirim, com 83,33% das amostras classificadas em C2S1 e 16,67% em C1S1 (Tabela 3).
Nenhuma das amostras coletadas na BHJP apresentou condições de Muito Alta Salinidade, exceto na UP Alto Japaratuba, na qual das três amostras analisadas da estação F07, apenas uma apresentou a classificação C4S2.
Na UP Alto Japaratuba ocorreu uma maior variação na classificação, sendo em menores frequências a C1S1, C2S1 e C4S2, e a maior frequência na condição C3S2, ou seja, são águas de alta salinidade e médio teor de Sódio.
Figura 4 - Classificação de águas para Irrigação por UP da bacia hidrográfica do rio Japaratuba. Fonte:SEDURBS (2022).
Tabela 3 - Distribuição percentual da Classificação de águas para Irrigação por UP da bacia hidrográfica do rio Japaratuba. Fonte:SEDURBS (2022).