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A Situação Atual - 2022

Recursos Hídricos Subterrâneos - QUALIDADE

Atualmente, o órgão gestor de recursos hídricos não possui uma rede de monitoramento dos recursos hídricos subterrâneos no Estado.

 

No entanto, quando da solicitação da outorga, muitos requerentes apresentam um boletim de análise de água com diversos parâmetros de interesse para a finalidade da água a ser utilizada. Grande parte dos processos não apresentam uma uniformização dos parâmetros, o que impede de utilizar todos os resultados disponíveis para uma análise mais completa e abrangente.

Apesar disso, com base no banco de dados existentes, que foram sistematizados em uma planilha eletrônica, foi possível estimar de forma bastante preliminar algumas características das águas acumuladas nos aquíferos mais utilizados nas solicitações de autorizações para o uso de águas subterrâneas.

 

A Tabela 1 apresenta os valores médios das análises fisico-químicas de alguns dos aquíferos mais utilizados e sua respectiva classificação pelo Diagrama de Piper (Figura 1), que é amplamente empregado para classificar e comparar distintos grupos de águas subterrâneas quanto aos íons dominantes.

Os aquíferos analisados foram os Depósitos Marinhos e Continentais Costeiros (1 - DepContCost), a Formação Cotinguiba (2 - FmCoting), a Formação Frei Paulo (3 - FmFreiPaulo), o Complexo Domo de Itabaiana-Simão Dias (4 - DomoItaSim), a Formação Lagarto (5 - FmLagarto), o Grupo Barreiras (6 - GrupoBarreiras) e a Formação Riachuelo (7 - FmRiachuelo).

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Tabela 1 - Valores médios das águas subterrâneas autorizadas nos principais aquíferos utilizados e sua classificação pelo Diagrama de Piper. Fonte:SEDURBS (2022).

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Figura 1 - Disgrama de Piper das águas subterrâneas dos aquíferos Depósitos Marinhos e Continentais Costeiros (1 - DepContCost), a Formação Cotinguiba (2 - FmCoting), a Formação Frei Paulo (3 - FmFreiPaulo), o Complexo Domo de Itabaiana-Simão Dias (4 - DomoItaSim), a Formação Lagarto (5 - FmLagarto), o Grupo Barreiras (6 - GrupoBarreiras) e a Formação Riachuelo (7 - FmRiachuelo). Fonte:SEDURBS (2022).

Foram também construídos Diagramas de Stiff (Figuras 2 e 3), que permitem fazer uma rápida comparação visual entre águas subterrâneas de diferentes fontes pela forma da poligonal construída pela sua composição iônica. 

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Figura 2 - Disgrama de Stiff das águas subterrâneas autorizadas dos aquíferos Depósitos Marinhos e Continentais Costeiros, Grupo Barreiras, Complexo Domo de Itabaiana-Simão Dias e Formação Lagarto. Fonte:SEDURBS (2022).

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Figura 3 - Disgrama de Stiff das águas subterrâneas autorizadas dos aquíferos cársticos (rochas carbonáticas) - Formação Cotinguiba, Formação Riachuelo e Formação Frei Paulo. Fonte:SEDURBS (2022).

Observa-se claramente na Figura 2 os diferentes padrões das rochas granulares dos Depósitos Marinhos e Continentais Costeiros e do Grupo Barreiras em relação às rochas de caráter fissural do Complexo Domo de Itabaina-Simão Dias e da Formação Lagarto.

Já a Figura 3 representa os diagramas das águas subterrâneas armazenadas nas unidades geológicas carbonáticas das Formações Cotinguiba, Riachuelo e Frei Paulo. Observa-se que as águas subterrâneas da Formação Cotinguiba apresenta um caráter mais magnesiano, se comparadas com as demais unidades.

É importante enfatizar que um monitoramento sistemárico e amplo das águas subterrâneas poderá modificar os resultados ora apresentados.  

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