GOVERNO DE SERGIPE
SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, SUSTENTABILIDADE E AÇÕES CLIMÁTICAS - SEMAC
SITUAÇÃO SOBRE OS RECURSOS HÍDRICOS DE SERGIPE
Aspectos Quantitativos
Recursos Hídricos Superficiais
A disponibilidade dos recursos hídricos superficiais foi determinada pelo Plano Estadual de Recursos Hídricos de Sergipe (2010) e deve ser continuamente aprimorada através do monitoramento hidrológico. A disponibilidade hídrica é representada por uma vazão de referência para fins de gestão e representa a oferta de água a ser considerada no Balanço Hídrico .
Em Sergipe, de acordo com a Resolução CONERH n.º 01/00, a vazão de referência é o Q90, que representa a vazão com 90% de garantia, ou seja, que esteja disponível no trecho do rio em 90% do tempo.
A Figura 1 apresenta a disponibilidade dos recursos hídricos superficiais para cada uma das Unidades de Planejamento. Para efeito de representação gráfica, a disponibilidade do rio São Francisco nas UPs da sua Bacia Hidrográfica em Sergipe (Baixo e Foz do rio São Francisco) não foram incluídas por apresentar um valor extremamente elevado de disponibilidade (20.211hm³/ano).
Figura 1 – Disponibilidade dos recursos hídricos superficiais por Unidade de Planejamento em Sergipe
Fonte: Plano Estadual de Recursos Hídricos (2010)
Recursos Hídricos Subterrâneos
A disponibilidade das águas subterrâneas está relacionada a ocorrência de aquíferos localizados abaixo da superfície de cada Unidade de Planejamento. Por sua vez, a capacidade de produção de água subterrânea das rochas e sedimentos que formam os aquíferos depende de suas características hidrogeológicas.
A Figura 2 apresenta a disponibilidade das águas subterrâneas por Unidade de Planejamento, conforme calculado pelo Plano Estadual de Recursos Hídricos de Sergipe.
Figura 2 – Disponibilidade dos recursos hídricos subterrâneos por Unidade de Planejamento em Sergipe
Fonte: Plano Estadual de Recursos Hídricos (2010)
A partir de testes de bombeamento, realizados após a perfuração de 1.527 poços tubulares profundos, foi obtida a distribuição espacial dos resultados de vazão, conforme pode ser visualizado na Figura 3.
Figura 3 – Mapa com isolinhas de vazão (L/h) dos poços tubulares
Fonte: Atlas Digital sobre os Recursos Hídricos de Sergipe (2022)
Demanda de Água
Em 2010, quando da elaboração do Plano Estadual de Recursos Hídricos, Sergipe apresentava uma demanda de 505,3 hm³/ano. Dela, 269,1 hm³/ano está localizada na Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco – o que significa mais da metade. É nesta bacia que se encontram as mais importantes áreas irrigadas do Estado.
Descontadas as demandas da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, o restante de Sergipe contabiliza uma demanda de 236,2 hm³/ano.
A Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe possui uma demanda de 108,0 hm³/ano – a segunda maior demanda por bacia. Desse volume, a Unidade de Planejamento Baixo Rio Sergipe responde por 51,8 hm³/ano, tendo em vista o fato de que nesta UP localiza-se parte da Grande Aracaju, que tem importante concentração de demandas na bacia. As Unidades de Planejamento Jacarecica, Cotinguiba e Poxim têm sua demanda diretamente influenciadas pela dinâmica econômica e social de Aracaju.
A Figura 4 representa o total dos valores dos recursos hídricos demandados por cada Unidade de Planejamento dentro do estado de Sergipe.
Figura 4 – Demanda dos recursos hídricos por Unidade de Planejamento em Sergipe
Fonte: Plano Estadual de Recursos Hídricos (2010)
Balanço Hídrico
O resultado do balanço hídrico reflete o saldo apurado entre a disponibilidade e as demandas globais de cada Unidade de Planejamento ou Bacia Hidrográfica
O balanço global do Estado indica um saldo de 20.000 hm³/ano, no entanto, quando se desconta a Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, o superávit é de apenas 16,8 hm³/ano, ou seja, algo como 0,5 m³/s, mostrando claramente a dependência de Sergipe das águas federais do rio São Francisco.
A Tabela 1 apresenta o balanço hídrico entre a disponibilidade total e a demanda, sem considerar as transposições de bacias efetuadas pela Companhia de Saneamento de Sergipe – DESO.
